Porém, no mundo inteiro, a maior recomendação para que este problema se resolva o quanto antes é ficar em casa e evitar sair para a rua até que haja recomendação contrária. Nós, do Pedal.com.br apoiamos totalmente esta recomendação - que já virou ordem em países com França, Itália e Espanha, que proibiram o uso recreacional e esportivo da bicicleta.
Atualizações e Esclarecimentos - 23 Março - Ao final do Artigo
Porque não andar de bicicleta durante a pandemia de coronavírus (Covid-19) ?
Em resumo, esses são os motivos, que vamos detalhar abaixo:
2. É preciso evitar hospitais durante a pandemia do coronavírus
3. Cada vez que você sai, o vírus pode voltar com você
4. Sua imunidade pode baixar se você exagerar
5. Criminalidade - Uma particularidade do Brasil
6. Descobertas sobre o o vírus ainda estão sendo feitas
7. Você pode ter problemas com a justiça e sua comunidade
1 - Você pode se contaminar mesmo pedalando sozinho
Muitos acreditam que, tomando os devidos cuidados e evitando o contato com terceiros, o risco de contaminação não existe. Porém, há indícios de que isso não é verdade.
Já foram encontrados vírus nas fezes e na urina, e também indícios que o vírus pode sobreviver em água limpa (sem cloro) / esgoto por até 2 dias. Essa água / esgoto pode estar no asfalto ou estrada de terra em poças. Se esta água respigar na roupa ou pior, na sua caramanhola, existe o risco de você se contaminar - pense em todas as vezes que o pneu dianteiro jogou alguma coisa no seu rosto ou que outro veículo passou em uma poça, mesmo pequena, jogando água em você.
Uma das fontes (Organização Mundial da Saúde), diz até a data do artigo (3 de Março), não ter identificado casos desse tipo de transmissão, porém a fonte da MedSpace, de 18 de Março, sugere que essa possibilidade é muito plausível. Não sabemos se existem estudos nessa direção. A recomendação do Dr. Eduardo Davidovich é evitar esse tipo de contato.
2 - É preciso evitar hospitais durante a pandemia do coronavírus
Em muitos países do mundo e em algumas cidades do Brasil, o sistema de saúde já está em colapso. Segundo Luiz Mandetta, ministro da Saúde, o número de infectados vai disparar em Abril, e a previsão é que o sistema de saúde do Brasil entre em uma crise profunda em hospitais públicos e particulares, e isso gera diversos problemas óbvios, principalmente em casos de acidentes de bicicleta.
Digamos que você sofra uma pequena fratura, torção ou um pequeno corte que precise de pontos, algo bem comum para quem pedala. Se você precisar ir para o hospital, lembre-se que ele estará lotado de pessoas com coronavírus, e suas chances de contágio são altas. Neste caso, você terá que ficar em isolamento total, o que é bem pior do que ficar em quarentena, além de poder servir de vetor para a doença, contagiando outras pessoas, inclusive dentro da sua própria casa.
Em cidades onde o sistema já está travado, você pode simplesmente nem receber atendimento e, em casos de acidentes mais sérios que exigem internação, você estará pegando a vaga de alguém que precisa, além de aumentar consideravelmente suas chances de ser contaminado durante sua internação. Lembre-se que a pessoa que vai ficar sem atendimento por coronavírus pode ser você, ou alguém da sua família.
O coronavírus é bastante resistente aos elementos, podendo sobreviver por horas e até dias em diferentes superfícies, segundo os últimos estudos. Ele pode ficar nas suas roupas, sapatilha, bicicleta, capacete, óculos e até nos pneus. Com isso, as chances de trazer o problema para dentro de casa e para as pessoas que você ama fica maior - afinal, é muito complexo, pra não dizer praticamente impossível, higienizar tudo.
Lembre-se que mesmo em um ambiente controlado como um hospital, repleto de profissionais totalmente protegidos e com muito mais experiencia em descontaminação do que um cidadão comum, existem muitos e muitos casos de médicos e enfermeiros pegando a doença.
Mesmo tomando todos os cuidados, é fácil esquecer alguns procedimentos. Para quem mora em condomínios, isso significa não tocar (ou higienizar a todo toque) maçanetas de portas, elevadores e até do seu próprio carro em prédios com manobristas.
Numa situação hipotética, você pode ter tocado em uma superfície contaminada sem lembrar e então vai tocar, no mínimo no seu guidon e freios se for uma bike urbana, mas podendo chegar aos trocadores de marcha, fivela do seu capacete, óculos, luvas, ciclocomputador e sapatilha numa bike esportiva.